Há, em Josete Fernandes, um atraente “lado sombra” onde, a alegoria tétrica das suas personagens nos impressiona de forma desconcertante. Existe nelas um inacabável olhar vazio que se toca e nos acolhe, fazendo de cada quadro um verdadeiro espelho de cores outonais que, nos revela em tempo real e nos torna o ser hediondo que nos confronta.Somos, em cada tela, espectadores de um revolto filme vivo e sinuoso, construído por um só frame, mas, onde num só frame cabe tanto de nós!